Infantil





Como o Elefante entrou na arca?



Este texto foi publicado também no http://sementinhasparacriancas.blogspot.com.


Com tradução para o italiano, abaixo.




Luiza não se conforma
Porque viu numa figura
Cuja legenda não informa
Como se deu a aventura.

Um elefante esperava
Para na Arca entrar
E o Noé outro empurrava
Mas não dava pra passar.

A bicharada assistia
A façanha de Noé
Macaco pulava e ria
Chupando um picolé.

A galinha e seus pintinhos
Vendo a chuva aumentar
Sugeriu  com seu biquinho
O elefante esvaziar.

E foi assim minha gente
Que surgiu a solução
A galinha inteligente
Ajudou na salvação.

A elefanta chorando
Agradeceu aliviada
E na fila foi entrando
Para ser esvaziada.

E foi assim, menininha,
Minha Luiza engraçada,
Que a bicharada inteirinha
Teve a vida preservada.

O Noé nem precisou
Comprar comida ou ração
Pois tudo se esvaziou
Esta foi a solução.

Quando passou o perigo
E a arca no chão pousou
Noé pegou uma bomba
E a bicharada inflou.
 





E aqui  tradução feita por Corrado Cuccoro, italiano, professor do Liceu Paolo Sarpi, em Bergamo, Itália.






 Come è entrato nell’arca l’Elefante?

Luisa non si rassegna
Perché ha visto in una figura
La cui legenda non informa
Come è andata l’avventura.

Un elefante aspettava
Di entrare nell’Arca
E Noè un altro ne spingeva
Ma entrare non si poteva

Gli animali assistevano
All’impresa di Noè;
un macaco rideva saltando
un ghiacciolo succhiando.

La gallina coi suoi pulcini
Vedendo la pioggia incalzante
Suggerì col suo beccuccio
 Di sgomberar l’elefante.

E fu così, cara gente,
Che si trovò la soluzione:
La gallina intelligente
Aiutò la salvazione.

L’elefantessa piangendo
Ringraziò sollevata
Ed entrò nella fila
Per essere evacuata

E fu così, bambina graziosa,
Luisa mia teneruccia,
Che tutti gli animali salvarono
La loro vita preziosa.

Noè non ebbe bisogno
Di comprare cibo e razione
Perché tutto si svuotò
Questa fu la soluzione.

Quando passò il pericolo
E l’Arca sul suolo posò
Noè prese una cannuccia
E gli animali gonfiò. 
 
Hull de La Fuente

******************************************************************





PASSEIO DO DESENHO ANIMADO



O tênis eu dispensei
Agasalho não preciso
do lápis logo pulei
num rabisco indiviso.

olhei pra meu criador
enquanto me desenhava
E pensei: este senhor
inventou o que faltava..

Faltava esta energia,
dos meus passos elegantes
pois seja noite ou dia
estou entre os caminhantes.

Falta desenhar meu rosto
mas eu vejo mesmo assim
o riso faço com gosto
quando passo num jardim.

pra onde vou eu não sei
pois caminho sem cessar
com isto me acostumei
não tem como eu parar.

Ao Leandro* desenhista
deixo um beijo e um abração.
Será um grande cartunista,
tens a minha aprovação.



* Leandro é o marido de minha sobrinha Paula e o criador do desenho animado que deu origem a estes versos.


Hull de La Fuente

**********************************************************************

 

O JACARÉ PREGUIÇOSO




Jack nasceu preguiçoso
Dormia noite e dia
Seu ronco era pavoroso
De longe a floresta ouvia.

Acordava pouco tempo
Com a barriga vazia
Reclamando o alimento
A gostosa melancia.

Nasceu vegetariano
Nunca comeu um filé
Era tido como insano
Nosso amigo Jackaré.

Ele dormia e sonhava
E no seu sonho ele via
A fruta que mais gostava
A docinha melancia.

Só que ele exagerava
Nos roçados lá da serra
E o plantador se zangava
Com Jack queria guerra.

Até que o chacareiro
Viu em Jack a solução
Para ganhar mais dinheiro
Com a sua plantação.

Jack virou guardião
E garoto propaganda
Intruso na roça não
Hoje é ele quem comanda.

Com melancia de graça
Nosso Jackaré famoso
Mudou a fama na praça
Não é mais o preguiçoso.

 




publicado primeiramente no Blog sementinhasparacrianças,  da querida Rejane Chica.

Hull de La Fuente
**********************************************************************




MATHEUS E SUA GUITARRA
 


Matheus ganhou uma guitarra
Logo “aprendeu” a tocar,
Mas canta como uma cigarra
Só os pais pra suportar.

A guitarra é companheira
Para o que der e vier
Com o seu som de goteira,
Mas está como ele quer.

Tem som de lata vazia
Correndo ladeira abaixo
Ouvi-lo é uma agonia
Não é som, é um esculacho.

Pobre dessa gurizada
De ouvidos destorcidos
De música não sabe nada
Mas são todos convencidos.

Sofrem vizinhos e amigos
Quando dão seus recitais
Nem mesmo aos inimigos
Chamem pra ouvir. É demais.

Tomara que o Matheus
Aprenda a tocar um dia
Para o orgulho dos seus
Oremos: Ave Maria!


 




Dedicado a todo menino ou menina na mesma situação do Matheus.
Com afeto,
 Hull
Hull de La Fuente
**************************************************************************




SAPATINHOS DE PALHAÇO




Palhacinhos animados
dos sapatos coloridos
com trejeitos engraçados
São sempre os mais divertidos.


É um cai, cai e levanta,
Bamboleio e pirueta,
Tanta graça que encanta
Fazem rir suas caretas.


Palhacinhos animados,
No picadeiro é atração,
Fugindo apavorados
Com medo de um anão.


Seus sapatinhos bonitos
De longe chamam atenção,
Pois eles soltam apitos
Quando pisam pelo chão.
 

São sapatos voadores
Uma fada os fez assim
Ficam lá nos bastidores
Numa caixa de marfim.


 

Olhem bem os sapatinhos
pense uma coisa engraçada
e ouvirás direitinho
o som de muitas risadas.

 
Hull de La Fuente

***************************************************************************






CRIANÇAS SÃO ANJOS
 

 


Crianças brincando
Na tarde florida
E anjos as guardando
Assim é a vida.

Joãozinho e Maria
Irmãos e amigos
Brincam todo dia
Os jogos antigos.

Paulinha os convida
Pra na roda entrar
Cantar uma cantiga
Pra roda alegrar...

...Ganhei um anelzinho
Lindo e delicado
Presente dum anjinho
Do olho azulado...

...No laço de fita
Cá do meu chapéu
Tem a flor bonita
Que veio do céu.

...Anjos e criança
Brincam todo dia
Buscando esperança,
A paz, a alegria...

A tarde termina
Acaba o brinquedo
Menino e menina
Amaram o folguedo...




(Hull de La Fuente)
 




Dedicado a todas as crianças do Brasil e de qualquer parte do mundo.
Hull de La Fuente
**************************************************************************





 UM BURRO INTELIGENTE
 


Ele era bem diferente
Viu-se logo que nasceu
O burro era inteligente
Toda a Vila percebeu.

Tinha modos refinados
Seu relincho era atípico
Os cascos sempre escovados
Tinha pinta de político.

Carregava no alguidar
Só livros de bons autores
E uma poltrona pra sentar
Bem perto dos professores.

Um dia alguém perguntou
Ao Burro Inteligente
Se algum dia desejou
Ter nascido diferente.

Sabiamente respondeu:
-Diferente eu já nasci
Ou você não percebeu
O que estou fazendo aqui?

Sentado nesta poltrona
Li de Voltaire a Platão,
Só à mente mandriona
Causa admiração.

O burro foi presidente
Discursou até na Haia,
Causando espécie à gente
Que nada e morre na praia.
Hull de La Fuente
**********************************************************************




Cavalinho de pau


Upa, upa, cavalinho,
Que um dia foi vassoura
Mas foi feito com carinho
Quanta aventura entesoura.

Upa, upa, cavalinho,
Prontinho para correr
Leva-me bem ligeirinho
Para o mundo conhecer.

Upa, upa, cavalinho,
Da crina negro-azulada
Leva-me pelo caminho
Que leva a terra encantada.

Upa, upa, cavalinho,
Não diminua o tropel
Quero chegar ligeirinho
Pra ver a vó Izabel.

Upa, upa, cavalinho,
Escuta o que a vovó diz
Quem acorda bem cedinho
Tem o dia mais feliz.

Upa, upa, cavalinho,
Que vai aos confins da Terra
Guiado pelos anjinhos
Livrando o mundo das guerras.

Upa, upa, cavalinho,
do trote cadenciado
leva este menininho
de volta ao reino encantado.



Hull de La Fuente

***********************************************************************


As Galinhas e o Coelho da Páscoa
 



Lá no fundo do quintal
Ouviu-se um alvoroço
Um falar descomunal
Um cocoricó colosso.

Eram as galinhas de granja
Com o coelhinho Expedito
E a ele não davam canja
Falavam com ele aos gritos.

Pediam satisfação
Pelo uso de seus ovos
Que em cada geração
Colhiam tribos e povos.

O coelhinho Expedito
Em sua sabedoria
Explicou o que lhe foi dito
Por sua bisa  Sofia.

Surgiu com o povo pagão
O culto da deusa Ostera
Para festejar a vida
No início da Primavera.

Na mão ela tinha um ovo
E uma lebre observava.
O ovo era o nascer de novo
E nele a vida gestava.

A lebre representava
Toda a fertilidade
Com a rapidez desejada
Para a perpetuidade.

Esse costume pagão
Mais tarde foi copiado
Depois da ressurreição
De Jesus crucificado.

A galinhada calou-se
Ao ouvir esta história
Uma delas orgulhou-se,
Jurou guardar na memória.

Os ovos eram pintados
Mas representavam a vida
E eram presenteados
Só às pessoas amigas.

Mas tarde os confeiteiros
Descobriram o chocolate
Confundiram lebre com coelho
E virou um disparate.

Pois não souberam explicar
Nem o coelho nem o ovo
Mas incutiram o comprar
Na consciência do povo.

A confusão no quintal
assim foi esclarecida
E o coelhinho pascal
saiu festejando a vida.


Quem trocou lebre por coelho
foi o confeitero francês
que deve ficar vermelho
ao lembrar o erro que fez.








Um lembrete para as crianças:


a) a lebre (coelho) representava a fertilidade e a rapidez na reprodução;

b) o ovo representava o nascimento, a vida.

Este era um costume pagão Celta, festejado no início da primavera, quando a vida recomeçava.

Muitos dos costumes pagãos foram assimilados pela igreja, para atrair os fiéis.
Hull de La Fuente
****************************************************************************




SAPÔNIO E SAPILDA


 

Sapônio rapaz galante
Um grande executivo
Não tinha um par constante
Não se sabia o motivo.
 
Cada dia ele surgia
Com uma sapa diferente
Da inconstância que sofria
Precisava cura urgente.

Certo dia numa lagoa
Lá do Parque Ibirapuera
Num passeio de canoa
Seu coração acelera.

Na lagoa, junto à margem,
Uma sapinha coaxava
Não era uma miragem,
Pra ele, ela acenava.

Ele então se apresentou:
- O meu nome é Sapônio.
E ela dele gostou
Tudo parecia um sonho.

As duas criaturinhas
Começaram a namorar
Trocavam beijos e florzinhas
Pensaram logo em casar.

Sapilda beijou Sapônio
E o encanto não findou
Naquele dia risonho
Somente o amor falou.

E nosso sapo galante
Nunca mais trocou de par
Sapilda o amor constante
Pra outra não deu lugar. 
 

 Brasília, DF, 13/7/2011



Hull de La Fuente
***********************************************************************





NO VELHO OESTENo velho Oeste rolava
Baile irlandês no tablado
O povo de lá gostava
De polca e sapateado.

Bill o tocador de banjo
E Max no contrabaixo
Na guitarra, Mr. Arcanjo
E a rabeca no encaixo.

O Fred do Reco-reco
Com as bochechas rosadas,
Lembrava bem um boneco
Com suas pernas arqueadas.

Entre os grandes dançarinos
Destacou-se um par do Sul,
o vaqueiro Serafino
com a bela Mary Lou.

Wisque regava a festa
E entrava noite a fora
Animada pela “orquestra”
E o tilintar da espora.

E a canção que se ouvia
Entre índios e vaqueiros
Cantavam-na noite e dia
Negociante e fazendeiros.

Oh, Mary Lou! Mary Lou!
Eu quero dançar contigo,
Sob o belo céu azul
E depois ser seu marido.
Hull de La Fuente
*********************************************************************





A TARTARUGUINHA ELEGANTE

Cada vez que vem a praia
A tartaruga Mariazinha
Com seu lenço de cambraia
Chega assim mais bonitinha.

Numa boutique praiana
Um chapéu ela comprou
Com flores e laço bacana
Que ela mesma enfeitou.

Um lugar que ela aprecia
É a bela Parati
Também gosta da Bahia,
Guarujá e Comari.

Na Bahia ela aprendeu
O verbo tartarugar
E um concurso ela venceu
Por tal verbo conjugar:

“Tartaruga, tartarugueia,
Quem mandou tartarugar,
E o berimbau ponteia
Lá no Projeto Tamar.”

“Vem tartarugar comigo,
Protegendo a natureza,
Se você é nosso amigo,
Tartarugue com firmeza.”

E assim nossa amiguinha
vai ganhando a simpatia
A tartaruga Mariazinha
do projeto é a alegria.
Hull de La Fuente
********************************************************************





A FORMIGUINHA APAIXONADA



Formiguinha, formiguinha,
De olhos azuis sonhadores
Não quer mais viver sozinha
Mesmo vivendo entre as flores.

Sem querer eu descobri
Formiguinha tão faceira,
Que seu nome é Rosely
E que moras na roseira.
Do jardim da minha casa,
Onde moram os passarinhos,
De quem invejas as asas,
Pois são mesmo engraçadinhos.

Tomara que um formigão
Belo e bem intencionado
Ti entregue o coração
E fique sempre ao seu lado.
 

Hull Dy La Fuente

**********************************************************


GIRAFINHA Nº 3


Já falei tanto de ti
Girafinha amarela
Quanto mais ti vejo aqui
ti acho sempre mais bela.


Quando ti vejo no zoo
Tão altiva e elegante
Falta só levantar voo
Com teu andar deslizante.

Pestanas exuberantes
Protegem teus olhos belos
Girafinha fascinante
Em tons marrom e amarelo. 
(Hull de La Fuente)


Publicado primeiramente no :http://sementinhasparacriancas.blogspot.com/
da minha amiga Rejane Chica
*************************************************************


 VISITA Á FAZENDA  
A fazenda está em festa
E o poleiro em algazarra
Como o ensaio de uma orquestra,
São galos fazendo farra.

Cacarejos em vários tons
Có co ri, có  có có ró
São sim, cantores dos bons,
A harmonia é uma só.

De repente ouve-se o sino
Lá na porteira de entrada
Meio dia, sol a pino,
Tá chegando a parentada.

Que mora lá na cidade
E o campo vem conhecer
Será só felicidade
Da manhã ao anoitecer

Da carruagem desceu
Uma família catita
Nunca ali aconteceu
Uma cena mais bonita.

Dona galinha Eleonora
E o marido Adamastor
Elegante, encantadora,
E o galo, um bel senhor.

Os filhos amarelinhos
De uma graça sem par
De chapéus, que bonitinhos
Uma família de encantar.

Os pintinhos da cidade
Olham tudo espantados
É um mundo de verdade.
Deixou-os maravilhados.

Os priminhos caipiras
Fazem festa aos visitantes
Cantam versos de catira
Com passos sapateantes.

E assim passam-se os dias
Na Fazenda Juçapé
Onde mora a alegria,
O amor, carinho e fé.



Brasília, novembro de 2010
Hull de La Fuente
**********************************************************

 


ALICE NA BANHEIRA REDONDA
Alice meninazinha
de olhos grandes, sonhadores,
Espumando a cabecinha
Com xampu cheirando a flores
 

Ela brinca e cantarola
Sob a água tão morninha
E nem vê passar à hora
Vendo as bolas da espuminha
 

Coloridas e tão breves
As bolinhas de sabão
Que voam pro alto leves
Como as notas de uma canção.
Meninazinha tão linda
Olhos de jabuticaba
Tua graça é infinda,
Mas vê se este banho acaba.
 

Nesta banheira antiga
Em tons de cinza azulada
Vai cantando uma cantiga
Que ao papai do céu agrada.

À querida Alice,
Com todo amor da titia  
Um beijo terno minha bonequinha.
Hull
Hull de La Fuente
******************************************************************



FeLiZ NaTaL, CrIaNçAdA!
O URSINHO GULOSO
 


 
O  ursinho Expedito
Andava contrariado
Por que ganhou um pirulito
Mas teve que ser guardado.

Gostava de mel de abelha
Uva passa e rapadura
Comia até dar na telha
Já estava sem cintura.

Seu dentes ameaçados
De dar cáries dolorosas
Por sua mãe fora avisado
Também por sua avó Rosa.

Toda noite ele sonhava
Ganhando  um pirulito
Que uma bengala imitava
E ele acordava aflito.

Foi no seu aniversário
Que o sonho se realizou
Mas o problema dentário
Seu pai urso invocou.

O pirulito bengala
Está muito bem guardado
E Expedito sempre fala
Que é muito injustiçado.

(Hull de La Fuente)









********************************************************************

Imagem Google.

 LALÁ  E LILI, AS URSINHAS ARTISTAS

Lalá e Lili dançavam
No palco iluminado
E todos se admiravam
Do ritmo compassado.

Elas dançavam e cantavam
Com suas vozes de contralto
E os aplausos pipocavam
No entusiasmo de assalto.

Lalá de vestido rosa
No rosto a graça estampada
Lacinho azul, que formosa,
Que ursinha mais animada.

Lili rodava faceira,
Sob a luz do grande palco
Prezava sua carreira
Queria chegar bem alto.

A cantiga era animada
E a orquestra alemã
Dava o ritmo de parada
Ao canto das ursas irmãs.

Quem estava na platéia
Também se entusiasmou
Com a bonita estréia
E o canto se espalhou.

“Ai Lili, ai Lalá
Como é bela esta canção,
Ai Lili, ai Lalá
Faz dançar meu coração.”
 
Hull de La Fuente

Publicado primeiramente no http://sementinhasparacriancas/blogspot/com/


hull.fuente@gmail.com
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Hull de La Fuente
*********************************************************************






O BANHO DO MENINO JAPONÊS(Hull de La Fuente)
Pedrinho é  tão bonito
com seus olhinhos puxados
na creche é o favorito
está sempre perfumado.

antes de sair de casa
o seu banho é caprichado
da banheira a espuma vasa
é água pra todo lado.

Pra banheira ele leva
o patinho quá, quá, quá
e a esponja de erva
pra sua pele esfregar.

Sua mamãe corre aflita
Trazendo pano e esfregão
Na espuma Pedro se agita
e canta uma canção.

"Saionara, Arigatô,
linda bola de sabão
Feliz diz:: omedetô
de pura satisfação."

Que banho bom, que beleza!
Pedrinho fica contente
agora ele tem certeza
que agradará toda gente.

Menino perfumadinho
dá vontade de apertar
entre milhões de beijinhos
e abraços de arrasar.




Brasília, 28.10.2010
Hull Dy La Fuente
*********************************************************************




A GRIPE NA ARCA DE NOÉ
As águas estavam baixando
Noé e os filhos esperavam

Alguns bichos conversando
Mas as horas não passavam.

A arca estava parada
Sobre um grande rochedo
De repente em disparada
O leão fugiu com medo.

O Porco era seu vizinho,
Quis saber qual a razão
Pois ouviu um barulhinho
Vindo de lá do porão.

Era o frango Cocorico
Que espirrava pra valer
Deixando o Elefante aflito
Foi o primeiro a correr.

O caos na Arca instalado
Por causa do ATCHIM
Noé ficou alarmado:
Teria chegado o fim?

Se a gripe do frango espalha
Ninguém sobreviveria
Perder-se-ia a batalha
Quem a história contaria?

Mas um anjo apareceu
Restabelecendo a calma
De gripe ninguém morreu
Salvaram-se todas almas.

Algumas horas passadas
A bicharada reunida
Lembrava a cena engraçada
Do Noé sem salva-vida.

Se ele tivesse saltado
Seria o primeiro banho,
Mas pelo anjo foi poupado
Desse “esforço” tamanho.
Hull de La Fuente
********************************************************************




  A MULHER DA CASA TORTA
Era uma casa tão torta
Mas que ao tempo resistia
E ninguém chegava à porta,
era a casa de Maria.

Janelas e portas tortas
da estranha construção
ervas secas, quase mortas,
em volta do casarão

quando dava ventania
Qual um filme de terror
tudo na casa rangia,
era só medo e pavor.

Havia um gato preto
Sempre a postos na janela,
Que atendia por “Graveto”
Com estranha miadela.
      
A coruja Theodora
Sempre junto ao caldeirão
Comia um rato por hora
Era a sua diversão.

Na casa torta os morcegos
encontraram o habitat
da velha tinham aconchego
nunca saiam de lá.


Até onde se sabia
Maria vivia só.
Dizem que ela se escondia
do sobrenome do Ó.


Se do nome não gostava
todos sabiam a razão.
Maria do Ó pensava
que o nome era palavrão


Na rua, a meninada,
Da velha não tinha dó,
Fazia até batucada:
_cadê Maria do Ó?

Maria do Ó zangada
com a vassoura na mão
botava a gurizada
pra correr do seu portão. 

Mas numa noite enluarada

Na cidade muitos viram
Numa vassoura montada
Maria e os bichos sumiram.

Ninguém mais viu a Maria
Que na vassoura voou
Acabou sua agonia
Pois “befana”* ela virou.
*Befana é uma bruxa boa que na noite de reis (Epifania), sai distribuindo saquinhos de doces para as crianças que se comportam bem. Para aquelas que não se comportam, ela deixa um saco cheio de carvão.  

Hull Dy La Fuente
*************************************************************************

Imagem Google.


O CORAL DAS FORMIGUINHAS


Hull de La Fuente
 
Estas são as formiguinhas
Mais alegres do pedaço
Cantam que é uma gracinha
Jamais mostram algum cansaço.

Em sua simples linguagem
Fizeram esta cantiga
Prestando uma homenagem
A uma velha amiga:
 

"Lê, rê, rê, lê rê, rê, lê, rê, lá!
Nós somos as irmãs Araçá
Lê, rê, rê, lê, rê, rê, lê, rê, lá!
É o coral mais bonito que há.
Somos sempre arrumadinhas
Usamos até salto alto
E ensaiamos bonitinhas,
Uma de nós é contralto.

Lê, rê, rê, lê, rê, rê, lê, rê, li!
Um refrão pra guria e guri,
Lê, rê, rê, lê, rê, rê, lê, rê, li!
Nós viemos lá do Gurupi."
 

Cantem com as formiguinhas
Esta cantiga singela
Elas são tão amiguinhas
E vamos torcer por elas.


hull.fuente@gmail.com
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


*************************************************************


NO ANIVERSÁRIO DO SACI

Comentário em versos para o texto: O NIVER DO SACI (T2383319)
Da poetisa :
Cida Rios

 
A Cida me convidou
Pra uma festa inusitada
O convite me alegrou
Eu estava sem fazer nada.

Era para o aniversário
De alguém que eu nunca vi
E nem está no calendário
Nascimento do Saci.

Eu estava curiosa
Cheguei lá bem animada
E levei toda orgulhosa
Do Pantanal a bicharada.

Pobrezinho do Saci
Ninguém aceitou o convite
Eu levei o Jabuti
Que anda queixando de artrite.

Dona Arara e o Papagaio
Vieram do Pantanal
E trouxeram no balaio
Algo que é sensacional.

Cocada de babaçu
Mel de abelha e murici
Piau, mandi e pacu
Para alegrar o Saci.

Dona Onça está gripada
Mas aceitou sem pensar
E levou a filharada
Todos loucos pra dançar.

O Caipora não vem
Porque é muito fedorento
Não é aceito no trem
Por empestear o assento.

A Galinha carijó
Vai levar ovos cozidos
É o que ela faz de melhor
Pra ver se arranja marido.

Vi a Mula Sem Cabeça
Pastando lá na floresta
Me disse: Não vou. Me esqueça!
Minha festa não é esta.

Falei com a Seriema
Convidei o Jaburu
Que aceitaram sem dilema
Se alegraram pra chuchu.

Eu levei pra essa festa
Sapo boi e o Cururu
Que são parte duma Orquestra
Lá nas matas do Xingu.

Até já Poetisa Cida
Não demoro pra chegar
Por você ser tão amiga
Na tua festa eu vou cantar.



Hull de La Fuente
******************************************************************

Imagem Google.
O GENERAL DO TERREIRO
(Hull de La Fuente)

Ele não bate tambor
tão pouco cachimbo fuma
Mas canta como um tenor
Exibindo suas plumas.

É um “general” medalhoso
Com seu porte elegante
Que passeia orgulhoso
Pelo bambuzal gigante.

Tem a crista vermelhinha
E esporões avantajados
Só pra impressionar galinha
E seus franguinhos soldados.

Com o colorido das asas
E o peitaço avolumado
Nosso general arrasa
No desfile é aclamado.


hull.fuente@gmail.com
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS



***********************************************************************



ORAÇÃO VERDADEIRA
Papai do céu que me ouve
e me vê neste momento
eu me entrego a Ti com fé
e sinto contentamento.

Abençoa meu papai
E a minha mamãe também
E a vovó que nunca sai
Pois não lembra de ninguém.

Que nunca falte o pão
Que comemos cada dia
E abençoe meu irmão
Que é nossa alegria.

Sei que Senhor nos escuta
E inclinou seu santo ouvido
Vê da mamãe a labuta
E a abençoa comovido.

Eu sempre estou pedindo
por toda gente na Terra
Derrame a paz espargindo
pra que nunca eu viva a guerra.  

Foi a guerra que feriu
O meu bisavô Luiz
Meu rosto ele nunca viu
Faz meu bisavô feliz.

Também peço seu perdão
pelo que fiz com o Pedrinho
meu bom e querido irmão:
Comi seu lanche todinho.

Mande dois anjos guardar
Cada lado da minha cama
Pra cada um me lembrar
De eu não molhar o pijama.

Amem!

Hull de La Fuente
***************************************************************************


O MENINO JAPONÊS E O URSO PANDA

 (Hull de La Fuente)



O menino japonês
Tem uma mamãe amiga
Que todo final de mês
Compra revista divertida.

Na última aquisição
Numa revista continha
O urso panda chorão
E sua história bonitinha.

O urso de nome Kôdo
Vivia num bambuzal
Comendo o tempo todo
Com apetite especial.

Kôdo chorava e comia
Os brotinhos de bambu
Sua mãe nada dizia
Sem limites, um rebu.

Depois que ele engordou
Ninguém se aproximava
O panda se transformou
Num samurai que chorava.

Então veio um panda mágico
E lhe pôs um encantamento
Kôdo perdeu o ar tragico
Foi-se embora seu tormento.

Com o dinheiro que ganhou
Ao seu senhor defendendo
Um bambuzal ele comprou
Mais e mais foi enriquecendo.

Virou o rei do Japão
E de todos os samurais
Distribuiu mel e pão
E inventou o bonsai.

Hoje ele mora sozinho
Num castelo na floresta
É amigo do Pedrinho
Com quem vive a fazer festa.


Outro mimo que fiz para o Pedrinho Ortega, o bebezinho lindo da Nonna
Hull de La Fuente
****************************************************************





MATILDE, A ELEFANTINHA ROSADA
(Hull de La Fuente)



A elefantinha Matilde
No zoológico morava
Ela nunca foi humilde
Os seus irmãos snobava.

Ela era caprichosa
Dava trabalho demais
Foi criada assim manhosa
A culpa era de seus pais.

Quando amanhecia o dia
E o tratador chegava
Matilde não respondia
A saudação que ele dava.

Reclamava da comida
E que o banho era frio
Ela era muito exibida
Até que caiu no rio.

Saiu toda enlameada
E fedia como um gambá
Ficou toda encabulada
Deixou as manhas pra lá.

O tratador com carinho
salvou-a do lamaçal
O cheiro saiu todinho
Com o banho especial.

Nunca mais ela esqueceu
O que era sofrimento
Daí em diante viveu
Com um bom comportamento.

As crianças a conheceram
E a visitam com alegria
E com Matilde aprenderam
Como é bom dizer: BOM DIA!




Hull
**********************************************************************


O BURRO EMPALHADO
Era um burro de outras terras
onde falavam espanhol
Vivia além das serras
Trabalho de sol a sol.

Um “burrico” diferente
Escalador de montanha
De Deus era um ser temente
E tinha uma fé tamanha.

Ouvira contar um dia
Da mula de Balaão
Que o rei a morte não via,
Mas a mula tinha a visão.

O burrico então sonhava
Uma mula igual encontrar
E na labuta esperava
Seu sonho realizar.

Esperava a liberdade
De correr por entre os montes
Comer o feno a vontade
E beber água das fontes.

De tanto sonhar assim
De Deus teve a compaixão
E foi levado ao um jardim
Na terra da salvação.

A palha não carregava
Não havia chibatadas
E um pasto contemplava
Feliz dava relinchadas.

No jardim do Éden viu
O que sonhava encontrar
E dando pulos saiu
Com outros bichos a cantar:
 
“Viva Diós, viva su Gloria!
Nuestro Criador celestial
Y que quede en la história
Mas un hecho imortal.”

 
 (Hull de La Fuente)



*********************************************************************

O Centauro Menino

(Ficção infantil)



Este é um menino centauro
De uma estrela morador
Que disse chamar-se Dauro
E ser grande caçador.

Um dia chegou a Terra
Na Floresta da Tijuca
Viu alguns morros em guerra
E achou a Terra maluca.

Viajou pra outro Planeta
Mas viu só desolação,
De carona em um cometa
Voltou para o nosso chão.

Já viveu mil aventuras
Até brincou carnaval
Ignora as desventuras
Acha a Terra especial.

Aqui ele não mais caça
O IBAMA não permite
Mas recebe ameaça
De caçadores de elite.

Salve o centauro menino
Que à Terra pede guarida
Que fuja ao cruel destino
Que os homens lhe poupem a vida.


Fim


Crianças:
O centauro é uma figura mitológica criada pelos gregos. Eles teriam vivido na região da Tessalia, na Grécia. Deus fez o homem perfeito, à sua imagem e semelhança, portanto não faria uma aberração do gênero, é só mais uma das fantasias do homem antigo.

 
Hull de La Fuente
************************************************************************


PITUCA, O CÃO PINTOR(Hull de La Fuente)


Pituca um cão arteiro
Vivia sempre aprontando
Corria o dia inteiro
Levava a vida brincando.


Um dia os seus senhores
Quiseram a casa pintar
Com tintas de várias cores
Para a casa alegrar.


Lixas e brochas compraram
E pinceis apropriados
E tudo isto deixaram
Em um quarto, bem guardados.


Mas Pituca percebeu
Que o quarto não foi trancado
E ali se escondeu
A sorte estava a seu lado.


As cores eram tão belas
E Pituca entusiasmado
Escolheu algumas delas
Pra um trabalho esmerado.


Porém o cheiro da tinta
Pela casa se espalhou
Sua dona era distinta,
Mas ao vê-lo se zangou.


Pituca havia pintado
Suas patas na parede
Tudo estava registrado,
Digitais em tons de verde.
Sua dona de zangada
Mudou de opinião
A pintura era engraçada
Chamava mesmo a atenção.


A família decidiu
Mostrar os dotes do cão
E um negócio abriu
Foi uma grande sensação.


As digitais de Pituca
Decorando os rodapés
Começou lá na Tijuca
E hoje vende em Taipé.

 
Este texto também está publicado no blog sementinhasparacrianças.com.br, da querida poetisa Rejane Chica. Obrigada amiga, por aprovar meus escritos.
Hull de La Fuente
************************************************************************





O JACARÉ NO RODEIO


Essa história aconteceu
Em Mato Grosso, Dourados,
Na fazenda Zè Romeu
Entre peões e achegados.

Jacaré papo-amarelo
Valente bom caçador
Foi pego por Chico Melo,  
Da fazenda o arrendador.

Ocorre que o Jacaré
De todos ficou amigo
Queria até os cafunés
Da mulher do Aparecido.

O pião ao perceber
A folga do jacaré
Pegou seu laço pra ver
Se o afastava da mulher

Papo amerelo, no entanto,
Pulava como um cabrito
Dava rabadas de espanto
O espetáculo era bonito.

Aparecido pensou
E logo mudou de idéia
A ganância o cutucou
E já pensou na estréia

Num rodeio em Ribeirão
Onde os bois são favoritos
Sua exótica atração
Tornaria os peões ricos.

Papo Amarelo embarcou
Pra sua grande aventura
E em Ribeirão chegou
Numa grande viatura.

Quando foi anunciada
Sua participação
Teve cara amarrada
Mas ele não ligou não.

E na noite interiorana
Papo Amarelo brilhou
Ganhou grana dos bacanas
E pra Dourados voltou.

Hoje ele é visitado
Na Fazenda Zé Romeu
E seus feitos são lembrados
Contou-me um amigo meu.
Hull de La Fuente
**************************************************************************



O ELEFANTE REI E A PROFECIA
(Hull de La Fuente)


Numa floresta distante
Num reino de fantasia
Havia um rei elefante
Que era uma simpatia.

Seu nome era Humaiuma
Por todos era adorado
O reino de Guaxiúma
Era um mundo encantado.

Humaiuma se vestia
Com mantas bem trabalhadas
Que seu porte enriquecia
Pois com pedras eram bordadas.

No reino todos viviam
Com alegria e prazer
Mas de outros reinos traziam
A água pra se beber.

Até que não foi possível
A água pura chegar
Pois uma seca terrível
Estava o mundo a assolar.
Havia uma profecia
Que ao rei era destinada
E que sua gente temia
Fosse um dia executada.

Mas a seca não passava
E o reino estava queimando
E ao bom rei só restava
Pra o sacrifício ir adando.

No alto de um vulcão
Ele subiu destemido
Mas ouviu-se  um trovão
E uma voz como um gemido.

"Eu te vi  obedecer
O preceito tão antigo
Não vais precisar morrer
O bom Deus está contigo".

E então daquela hora
Choveu dias sem parar
E no lindo reino agora
Tem água até pra exportar.

Humaiuma se casou
Prossegue sua dinastia,
Mas o que mais o alegrou
Foi o fim da profecia.
Hull Dy La Fuente
************************************************************************



AS AVENTURAS DA ARARA DO PIRATA

Tão bonita e colorida
Ela vivia numa praia
Entre os coqueiros escondida
Na função de atalaia.

Seu dono era um pirata
Que vivia pelos mares
Roubava naus e fragatas
Em companhia dos pares.

Flor do Mar era seu nome
Que orgulhosa repetia
Nunca conheceu a fome
A mata a abastecia.

Flor do Mar sempre alertava
Quando avistava um navio
Ao pirata que a criava
O seu capitão bravio.

Mas um dia Flor do Mar
Conheceu o seu amado
E não viu se aproximar
A Marinha e seus soldados.

A luta foi memorável
Baixa houve dos dois lados
E o pirata implacável
Foi preso e encarcerado.

Flor da Mata prisioneira
Pra Espanha foi levada
Teve trato de primeira
Pelo rei foi adotada.

No entanto Flor do Mar
Da sua ilha lembrava
Queria pra lá voltar
Pra seu amor que a esperava.

Um dia o guardião
Da arara se descuidou
E foi nessa ocasião
Que a fuga se realizou.

Ela voou para o porto
E um navio avistou
Escondeu-se a contragosto
Mas um marujo a encontrou.

Ele tomou-se de carinho
Pela bela Flor do Mar
Arranjou-lhe até um ninho
Pra ela ali repousar.

Quando o navio zarpou
Rumo ao mar caribenho
Flor do Mar se animou
Ia ver o mar hondurenho.

Ela cantava feliz
Velhas canções dos piratas
Quando o comandante quis
Trancá-la com os primatas.

Flor do Mar então voou
Procurando a direção
Da Ilhota onde ficou
Seu sofrido coração.

O ventou soprou-lhe as asas
E ela não titubeou
E logo alcançou a casa
Onde o amado encontrou.

Hoje a Ilha das Araras
É aberta à visitação
Por ter aves muito raras
Que cantam com emoção.

 
Hull de La Fuente
******************************************************************




O ratinho herói de Hamelin

O burgo de Hamelin
Havia feito uma promessa
Para quem desse um fim
Na rataiada e depressa.

Foi então que apareceu
Um homem misterioso
Que toda praga venceu
Com um som melodioso.

O burgo viu-se liberto
Dos ratos que o infestava
E prometeu um preço certo
Ao flautista que aguardava.

Quando o flautista voltou
Pra receber o que esperava
O povo o enxotou
Dizendo que não pagava.

Revoltado ele tocou
Uma nova melodia
Que no coração ficou
Da meninada que ouvia.

Fascinadas elas seguiram
O som do mágico instrumento
E todas o acompanharam
Perderam o discernimento.

Os pais choravam aflitos
Pois não sabiam o destino
De longe se ouviam os gritos,
De pesar por seus meninos.

Foi então que um ratinho
Numa casa apareceu
Escondido em seu ninho
Não viu o que aconteceu.

Uma mãe desesperada
Com o ratinho falou:
Rato, nossa gurizada,
Um flautista os levou.

O rato saiu calado
Não esboçou reação
Na mulher viu estampado
Dor e desesperação.

O ratinho se salvara
da grande destruição
pois nos ouvidos usara
dois tufos de algodão.

Agora estava sozinho
No burgo, sem um amigo,
E tinha o gato vizinho
Que era seu inimigo.

Mas não era a ocasião
Pra tal questionamento
Na mulher vira emoção
Ela estava em sofrimento.

Pra floresta ele rumou
Vendo o rastro dos guris
De longe logo avistou
Dois grandes Gravataís.

Ele subiu nas raízes
E ali viu uma entrada
E ouviu de três perdizes:
“Tem criança aprisionada.”

Eram as crianças sumidas
Que o flautista enfeitiçou
Já estavam desnutridas
Quando o rato as libertou.

O rato as levou de volta
Ao burgo de Hamelin
Com as perdizes de escolta
Para um belo e alegre fim.

O povo daquela aldeia
Aprendeu esta lição:
Quem deve vai pra cadeia
Ou sofre as penas do cão.

Para o ratinho esperto
Ergueram um monumento
Pra o herói que foi por certo
Não cair no esquecimento.


Esta é uma versão  em versos  da história do Flautista de Hamelin. Eu a inventei porque não gosto de saber que as crianças não voltaram pra suas casas.
(Hull de La Fuente)
********************************************************************



UM CASTELO ENCANTADO(Hull de La Fuente)
Num castelo medieval
No reino da fantasia
Morava o Rei Demerval
Com sua rainha Luzia.

O castelo só era visível
Em dias de céu clarinho
No inverno era impossível
 Não se via um pontinho.

É que o castelo mudava
De acordo com estação
O tempo por lá parava
Era um eterno verão.

No jardim maravilhoso
Um zoológico existia
E um jardineiro orgulhoso
Tudo com amor fazia.

O Bobo da Corte era
Um sujeito engraçado
Seu nome era “Primavera”
Nascera na nuvem ao lado.

O Arauto era um poeta
E trovador de primeira
Que cantava à sua dileta
A poesia verdadeira.

O reino era pura paz
Todos viviam contentes
Não havia leva e traz
Todos eram inocentes.

 No tal castelo encantado
Há uma Lei do Rei que diz
Fica por mim decretado:
“Todos devem ser feliz”.

Demerval, rei da Nuvem da Paz!
 
Hull de La Fuente
*************************************************************



Estes versinhos estão lá na sala do aniversário do Pedrinho Ortega Wada, mas eu os publico aqui nesta data.Na foto, eu e meu marido lá em Bergamo, Itália.

“VOVÔ CARECA”



VOVÔ EDIR TÁ CARECA
CORTOU OS BRANCOS CABELOS
A NONNA QUE É MOLECA
FEZ COM ELES UM NOVELO.

E LEVOU PRA TRICOTEIRA
TECER UM BELO CASACO
COM TODA AQUELA “LANZEIRA”
VAI FICAR MESMO UM BARATO.

COM O CASACO FOFINHO
VAI PARECER UM CARNEIRO
PRA BRINCAR COM O PEDRINHO
E SER UM BOM COMPANHEIRO.

VAI FAZER MÉ, MÉ, MÉ, MÉ!
VAI SER TANTA GARGALHADA
SE O PEDRINHO LEVAR FÉ
NO VOVÔ COM AS PALHAÇADAS.

(Hull de La Fuente)




Pedrinho caro,

Nipotino de mio cuore, ti voglio bene. Baci per te,

La Nonna "veinha"


A nonna e o Nonno em Bergamo, Itália.

Deus abençoe todos vocês,
Beijos,

Hull
Hull de La Fuente
*********************************************************************



O TRENZINHO MULTICOR
O trenzinho multicor
Na paisagem só beleza
Vai transportando com amor
Passageiros pra Veneza.

Piuiii, piuiii, piuiii!
Já está perto a estação
Piuiii, piuiii, piuiii!
É a mais pura emoção.

Já pasou Venezia Mestre
Vê-se a laguna prateada
Onde não se vê pedestre
Mas se vê gôndola ancorada.
 
Piuiii, piuiii, piuiii!
Vão descendo os passageiros
Piuiii, piuiii, piuiii!
O Sapo desceu primeiro.

O Urso e sua senhora
Dão adeus lá da janela
Eles vão partir agora
Pra Trieste fria e bela.

Piuiii, piuiii, piuiii!
Maquinista atenção!
Piuiii, piuiii, piuiii!
Vamos pra outra estação.

(Hull de La Fuente)
 
Este texto foi publicado primeiramente no blog Sementinhasparacrianças,  da querida Rejane Chica.
Hull de La Fuente
*******************************************************************



DRO-DO MEDÁRIO EM NATAL
(Hull de La Fuente)

Dro-do Medário dançava
Sobre a areia escaldante
E o sanfoneiro tocava
Um forró contagiante.

Era seu dia de folga
Não levava nada às costas
Nos requebros se empolga
E dona pulga não gosta.

Dançava um forró malicia
Na areia quente das dunas
 Era um dia de delícia
Sem tristeza, sem lacuna.

Os turistas se encantavam
Com a alegria de Dro-dó
E todos se rebolavam
No animado forró.

Mas ninguém se apercebia
Que enquanto ele dançava
O Saara ele revia
Na areia que o rodeava.
Hull de La Fuente


*********************************************************************





(Hull de La Fuente)

Um anjinho brincalhão
Numa nuvem azul morava
E a sua diversão
A todos muito alegrava.

Seu nome era Angelino,
Sobrenome, Celestial,
Agia como um menino
Em folguedos no quintal.

Quem sob a nuvem passava
Sentia forte emoção
Pois Angelino jogava
Pétalas de coração.

Se a pessoa estava triste
Logo mudava o humor
Dançava logo um tuíste
Dizia versos de amor.

E Angelino sapeca
Estourava em gargalhada
Criança linda e moleca
Anjo da nuvem azulada.

Angelino foi flagrado
Pelo velho e bom San Pedro
Da nuvem ele foi trocado
E acabou-se o brinquedo.
Hull de La Fuente
******************************************************************





O BURRO ENCANTADO




Havia na idade média
Um burro, um velho e um menino
Viviam para a comédia,
Dos três era o destino.

Ocorre que o burro era
Um grande rei encantado
Casara com a bruxa Hera
E foi por ela enfeitiçado.

De idade era antigo,
Talvez uns trezentos anos,
Recebera tal castigo
Por não aceitar enganos.
O velho ogro Rosendo
E seu Filho Anacleto,
Viviam o mundo correndo
Com o burro-rei, discreto.

Pai e filho ignoravam
Do burro, a vera história,
Mas sempre dele cuidavam
Em suas longas trajetórias.

Mas um dia eles chegaram
No país do burro-rei,
Quando guardas os interpelaram
Por causa de uma velha lei.

Naquele reino não havia
Nenhum burro, não senhor,
Pois a velha lei dizia:
Que eles eram um terror.

Mas depois de tanto tempo,
Tantos anos transcorridos,
O encanto perdeu alento
Tudo ao rei foi devolvido.

Rosendo e Anacleto
Viram junto com os guardas
O burro com manto e cetro
Explicar coisas passadas.

A bruxa virou fumaça
E o rei voltou a ser gente
Acabou-se a ameaça
E o reino viveu contente.

E assim termina a história
Contou-lhe o pinto xadrêz,
Se o leitor tem boa memória
Conte essa história outra vêz.


 
Hull de La Fuente
*******************************************************************




Uma canção de ninar
(Hull de La Fuente)



Menininho caprichoso
Já é quase madrugada
E você brinca manhoso
Ainda não dormiu nada.

Estou indo ao planeta
Onde moram os carneirinhos
Você pega sua chupeta
E calce seus sapatinhos.

Vamos buscar os carneiros
Dos chifrinhos azulados
Que pulam o tempo inteiro
Sobre moitas e cercados.

Vou pedir ao carneirinho
Que te ensine a contar
Nas grades do teu bercinho
Os seus colegas a pular.

São carneiros bem fofinhos
Iguais a tua almofada
São como travesseirinhos
Que tornam a noite encantada.

Dorme, dorme menininho,
Os carneirinhos chegaram
Com eles veio um anjinho
Que outros anjos mandaram.

A lua está te olhando
No alto do céu sorrindo
Os anjos estão cantando
E os carneirinhos balindo.
 
Hull de La Fuente
 
****************************************************************
 

Este versos eu fiz para o Pedro Augusto Ortega Wada, o bebezinho mais amado do Recanto.
Eles estão postados na página da Sonia há já algum tmpo.

 

“Um palhacinho no Japão”
 


"Nonna veinha" me disse
Que palhaço é engraçado
Que faz muita peraltice
E que cai pra todo lado.

Ele tem nariz gozado
Como um tomate vermelho
Tem os pés exagerados
E que tem tortos os joelhos.

Grita lá no picadeiro
Pra chamar a atenção
E chama o anão Ligeiro
Para lhe dar uma mão.

Mas se o anão se aproxima
O palhaço dá risadas
Diz que o anão é menina
E que tem calça rasgada.

E o palhaço o que é?
Grita ele pra platéia
É o ladrão de “mulhé”?
Ou rouba mel da colméia?

Assim brinca o palhaço
Que minha "Nonna" falou
Sempre faz estardalhaço
De sorrir ninguém cansou...

Eu sonhei com o palhacinho
Que brincava no jardim
Chamou-me: “vem cá Pedrinho,
Diga que gosta de mim”.

(Hull de La Fuente)
Hull de La Fuente
 
*******************************************************************
 





A COISA
 

Ela era tão feiosa
Nem mesmo um nome tinha
A cosera vovó Rosa
Com grandes pontos de linha.

Mas nenhuma das suas netas
Brincar com "aquilo" queria
Preferiam a peteca
Ninguém pensou que a feria.

Vovó Rosa entristecida
E com dor no coração,
Preparou-a pra partida,
Melhor dá-la em adoção.

Mas antes modificou-a,
Deu-lhe asas de algodão,
Quem tem asas ao céu voa:
Disse a avó com emoção.

A caminho do orfanato
Pra onde a “coisa” iria
Vovó viu seu artesanato
Voando com alegria.

A boneca tão feiosa
Que as netas recusaram
Subiu pra o céu gloriosa
E anjos a acompanharam.
 
(Hull de La Fuente)
 
*******************************************************************
 



AS OLHEIRAS DO PANDA

(Hull de La Fuente)
 

A primeira vez que eu vi
De um panda a fotografia,
Confesso, não entendi
E me deu certa agonia.

Parecia que o bichinho
Levara socos na cara
Estava com um ar tristinho,
Ou o seu rímel borrara.

Olhe bem para esta foto
Tenho ou não tenho razão
Cada vez que a vista eu boto
Volta a primeira impressão.

Pra minha sobrinha mostrei
A mesma fotografia
De rir eu quase rolei
Quando ela disse: Titia!

Por que ele tá de fralda?
Por que o olho machucado?
Onde ele escondeu a cauda?
Que cachorro engraçado...

E esta é a impressão
Que o Urso Panda nos passa
De ternura e emoção
Pois ele é mesmo uma graça.

***

 
Hull de La Fuente
 
********************************************************************
 


DOM RATO, O DOCEIRO
(Hull de La Fuente)



Dom Rato de Algodón
Com seu pelo reluzente
Nasceu com o belo dom
De fazer tudo excelente.

No castelo onde vivia
Num buraco da cozinha
Conheceu “duena” Maria
Uma velha e boa ratinha.

Com ela ele aprendeu tudo
Até pra o rei cozinhou
E este deu-lhe estudo
E pra Paris o enviou.

Em Paris, Dom  Algodón,
Foi a grande sensação
Pois pode mostrar seu dom
Até pra Napoleão.

Fazia tortas, docinhos,
E sorvetes deliciosos
E dos países vizinhos
Chegavam os curiosos.

Contam até uma certa história
Isto é fato, não é falseta,
Que seus brioches eram a gloria
De Maria Antonieta.
 


*********************************************************



O Leãozinho

(Hull de La Fuente)
Tão bonito e pequenino,
Com os bigodes reluzentes
Leãozinho genuíno
Com trejeitos comoventes.

Leãozinho tão bonito
Dona Leoa já vem,
Não urle assim tão aflito,
Todo mundo te quer bem.

Eu quero um leãozinho
Para vir brincar comigo
O mais doce amiguinho
O meu mais terno amigo.

Não mora no zoológico
Mora no meu coração
O meu símbolo ecológico,
Uma graça, uma sedução.

***
*********************************************************************





FADAS DANÇARINAS
(Hull de La Fuente)

Ó fadinhas dançarinas
Com suas asas prateadas
Ternas e doces meninas
Das noites enluaradas.

Tragam-me a alegria
Que em vocês transparece
Modificando meu dia
Meu coração agradece.



Trovas inspiradas no texto
DANÇA DAS FADAS da poetisa Anne Lieri.
******************************************************************
 



 
SILVINHA VIROU FADA

(Hull de La Fuente)


Ah, se eu fosse uma fada
para nas nuvens brincar
E na noite enluarada
ouvir estrelas cantar…


Assim dizia Silvinha,
Uma menina sonhadora
Que da manhã à noitinha
Lá no campo era pastora.

Enquanto pastoreava
Ficava cantarolando
Das ovelhas ela cuidava
E a fadinha esperando.

Mas numa tarde serena
Quando à casa retornava
A linda fada Açucena
No caminho a esperava.

Num toque rápido e preciso
Deu-lhe  asas transparentes,
Uma varinha com guisos
E um vestido reluzente.

Silvinha voou pra nuvens
E levou as ovelinhas
Com suas brancas lanugens
Juntaram-se às estrelinhas.

E hoje no céu se vê
Nas noites enluaradas
Entre as nuvens um fuzuê:
É Silvinha a bela fada.

(Hull de La Fuente
 
****************************************************************
 




ORANDO COMO AS CRIANÇAS

É verdade, poetisa
Deus ouve as criancinhas,
Pois são puras como a brisa
E brilham como estrelinhas.

Confie o teu pedido
A intercessão infantil
Que o Senhor santo e querido
De bênçãos mandará mil.

Quando Jesus ensinava
O amor cá neste mundo
Da criança Ele falava
Com um carinho profundo.

Vinde a mim a criancinha
Pois o Reino dela é
Nela o amor se aninha
Ela é verdade e fé.

(Hull de La Fuente)
*****************************************************************
 






A  Peixinha de baton
 

Sabrina toda vaidosa
A peixinha mais bonita
Escamas sempre brilhosas
No fundo do mar habita.

Ela nada o dia inteiro
Gosta da estrela do mar
E procura um companheiro
Pra com ele se casar.

Nada, nada, ligeirinha,
Com seu ar de alegria
Vai cantando uma cantiguinha
Que torna feliz seu dia.

(Hull de La Fuente)


 
******************************************************************
 


"Olhinhos puxados"


Sou um bebezinho bonito
Vivo em casa a brincar
Meu brinquedo favorito
É o palhacinho Kombar


Minha lagarta colorida
E um urso desdentado
E o treco de dar mordidas
Estão sempre do meu lado.


Meu nome é Pedro Augusto
Eu tenho olhinhos puxados
Eu sou um bebê robusto
Recebo muitos cuidados.


Eu nasci cá no Japão
Mas sou um brasileirinho
Eu como arroz e feijão
Que mamãe faz com carinho.


Vou brincar com meu barquinho
Com ele vou navegar
Despeço-me com carinho
Eu não demoro voltar.

Ciao, sayonara!  Au revoir, hasta luego,Até logo!
Bebê internacional.



OBS: Este é mais um carinho para o bebê mais lindo da nonna postiça. Esse bebê lindo é o filho da Sonia Ortega e do Beto. Beijos aos papais também. Mamma Veinha

*************************************************************
 



CRIANÇAS AMIGAS
 



Crianças brincando
Na tarde florida
E anjos as guardando
Assim é a vida.

Joãozinho e Maria
Irmãos e amigos
Brincam todo dia
Os jogos antigos.

Paulinha os convida
Pra na roda entrar
Cantar uma cantiga
Pra roda alegrar...

...Ganhei um anelzinho
Lindo e delicado
Presente dum anjinho
Do olho azulado...

...No laço de fita
Cá do meu chapéu
Tem a flor bonita
Que veio do céu.

...Anjos e criança
Brincam todo dia
Buscando esperança,
A paz, a alegria...

A tarde termina
Acaba o brinquedo
Menino e menina
Amaram o folguedo...

(Hull de La Fuente)
***************************************************
 


O PINTINHO DO PÉ ENGESSADO


O pintinho distraído
Escorregou e caiu
Piu, piu, piu!

Seu piu foi logo ouvido

Coitadinho se feriu.


Piu, piu, piu!

estou com medo


piu, piu, piu!,

que vou fazer
Também seus irmãos piavam
Por ver o mano sofrer.

Mas eis que chega o caseiro
E seu pezinho engessou
Voltou a paz no terreiro
Seu pezinho consertou.

Termina assim com vitória,
O caso desse pintinho
Que viveu outras estórias
Bem alegres, sem espinhos

(Hull de La Fuente)
**********************************************************
 



O CARROSSEL DE CHOCOLATE

(Hull de La Fuente)

Claudinha é bela e gulosa
Mesmo dormindo ela sonha
comendo coisa gostosa
chega a babar na fronha.


Outro dia ela contou
De um sonho fabuloso
Num carrossel que encontrou
De chocolate gostoso.

Tudo era comestível
E ela com a gurizada
Em um Record incrível
Comeram toda a manada.

Nem fotografia teve
Do parque de diversão
Pois ninguém lá se conteve:
Comeram a exposição.

Não convidem a Claudinha
Onde houver chocolate
Porque a linda gordinha
Num segundo tudo abate…
 
 (Toda semelhança com a vida real é "quase" coincidência...)
Hull de La Fuente
 
*******************************************************
 


A MENINA E O JARDIM



Angelina tinha um sonho
Ter um jardim pra brincar
Pois seu mundo era tristonho
Era sem cor o lugar.

Morava numa cidade
Onde ninguém conhecia
O sentimento bondade
A paz, lá não existia.

Um dia um missil caiu
Sobre sua feia casa
E em seu corpinho surgiu
Um par de bonitas asas.

Ela voou para o ceu
Com ela um querubim
De voz doce como mel
E a levou pra seu jardim.

Com a oração de Angelina
O bom Jesus diz amem!
Olhando a linda menina
Vinda de Jerusalem.
Hull de La Fuente
 
***************************************************************
 



O LENÇOL ASSUSTADOR.
(Hull de La Fuente)



Lençol branco não me assuste,
sou criança comportada
E tu és um grande embuste
És só uma roupa lavada.

Lençol bobo, esburacado
Que no varal está secando

Com os olhos esbugalhados
Os anjos estão te olhando.

Com Papai do céu falei
Que você me incomodava
Ele riu e eu me acalmei,
Pois Deus disse que me amava.

Lençol, amanhã cedinho,
Quando eu me levantar
Tu vai estar guardadinho
Mamãe vai te remendar.

******************************************************
 




O PEIXINHO NO AQUÁRIO
 
(Hull de La Fuente)
Peixinho gorducho
No aquário nadando
O gato Galucho
Anda te rondando.

Cuidado peixinho
Cuidado eu te digo
Sê sempre espertinho
O gato é inimigo.

Peixinho vermelho
Como um pimentão
O gato fedelho
Tem um garfo na mão.

Escute peixinho
Fique sempre atento
O gato espertinho
Só espera o momento.

Peixinho engraçado
Da cor do caqui
O gato folgado
Mudou-se daqui.
Hull de La Fuente
 
***************************************************************
 


"Luisa e o Totó"
 
(Hull de La Fuente)

Para Minha pequena Luisa


Totó, cãozinho arteiro,
Correndo pelas escadas
Comendo flor no canteiro
Não deixa a dona parada.


Luisa o chama carinhosa,
Totó, Totó, meu Totó!
Não mexa nas belas rosas
Pois lhe castiga a vovó.


Não se esqueça da ameaça
Que ela fez da carrocinha
Não faça tanta pirraça
Obedeça a vovozinha.


E Totó pula contente
Em frente a casa brincado
É um cãozinho obediente,
A todos vai conquistando.
 
Hull de La Fuente
 
**********************************************************
 

A GIRAFA EMENDADA
(Hull de La Fuente) 

Eu vi numa exposição
Um quadro interessante
Que expunha a criação
De um pintor hesitante.

Como você pode ver
Nessa tela da girafa
Ele não soube prever
O tamanho, mas se safa.

O quadro foi um sucesso
E teve dois compradores
Foi levado ao Congresso
Por dois sábios senadores.

Um ficou com a cabeça
Da girafa bonitinha
E há quem o agradeça
Pois cabeça ele não tinha.

A parte com quatro patas
Com seu colega ficou
Cujos modos de primata
Com mais patas piorou.

Ninguém entendeu nadinha
E colocou-se a questão
Da pobre da girafinha
Condenada à podridão...
 
 
Hull de La Fuente
 
**************************************************************
 



O Autdoor Animal da Savana
 


Um “out door” na savana
Era a grande sensação
Mostrava uma turma bacana
Ensaiando uma canção.

Era um show anunciado
No teatro da floresta
E estava sendo ensaiado
Por dona Gansa, a maestra.

Cada um dizia um verso
No seu jeito de falar,
Fazendo muito sucesso
O concerto popular:

Sou girafa e sou cantora
Minha voz ninguém conhece
Mas eu sou encantadora
Ouvir-me você merece.

Sou o jabuti Tibério
Sou da turma do contralto
Levo meu trabalho a sério
Aos ensaios nunca falto.

Sou a coruja sabida
Eu canto noite adentro
Você já ouviu na vida
A minha voz de lamento?

O leão todo vaidosoVoz possante anunciou:
Sou tenor criterioso
Meu cantar é um primor.

O macaco Orangotango
Como o nome anuncia
Um grande cantor de tango
Também aplausos pedia.

E assim foi um por um,
No show se apresentando,
Todos tinham em comum
Simpatia esbanjando.

Este foi o show maior
Vindo de lá da Savana
Não se viu nada melhor
Como essa turma bacana.

 (Hull de La Fuente)
 
**********************************************************
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário