sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Domingo sem ninguém...

Não sou apenas eu a viver e transcorrer o domingo sem alguém para discutir qualquer coisa. Isso acontece com milhares de pessoas. Gente que, como eu, gostaria de falar de coisas diferentes, de coisas que não são a política, o futebol, as corridas de automóveis e por aí afora. Eu gostaria hoje de falar do que me falou ontem, a minha manicure. Sim, ele me disse que seu cachorro estava com ciúmes da cadela que acabara de parir doze filhotes.
Já pensou nisto? Doze filhotes de cães vira-latas.
Pode existir coisa mais linda do que adotar um cão vira-lata?
Eu sei o que é isto.
Na minha infância eu tive uma cadela vira-lata, a Xampu.
Xampu parecia uma raposa. Tinha focinho e orelhas de raposa. A cor também era de raposa. Será que tem raposa caramelo? Não. Eu acho que a cor era “camelo”. Sim, camelo e cão da mesma cor, naquele tempo que Deus fez o mundo, não havia muita disponibilidade de cores.
A Xampu sabia o que eu pensava. Sim, é verdade. Ela até sorria, pelos olhos, é claro. Nós sabemos quando nossos cães estão sorrindo.
Mas, voltando ao que disse a manicure, ela estava oferecendo, por antecipação, os filhotes do casal que ela cria com amor. São raças diferentes, Fila e Box qualquer coisa, não sou muito de guardar os nomes das raças. Só sei que os cães de caras amassadas, tipo pequinês e outros do gênero, não me agradam. Esses cães parecem sempre zangados. Eu gosto de alegria. Não quero um cão mal humorado, ainda que só na aparência.
Mas o meu companheiro não quer um cão aqui em casa. Ele está lá na sala de TV. Aparentemente está contente com o seu domingo. Mas e eu? O que faço? Bem, eu posso escrever isto que você está lendo. O meu cachorro, enquanto isso ficará esperando a sua dona que o ama, em algum lugar do mundo.
Até lá, Theodoro Artur! Este será o seu nome, meu cachorro querido. Um bom domingo pra você.

Sua dona
Hull de La Fuente

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