MEU AMOR,
NÃO IMPORTA TANTO ESTAR LONGE E SOB UM OUTRO CÉU, NO CORAÇÃO ESTAREMOS SEMPRE PERTO. O MEU AMOR PERMANECE INTENSO, IMUTÁVEL, NADA OU NINGUÉM PODERÁ MODIFICAR ESTE QUERER.
AINDA HÁ POUCO, UMA BORBOLETA DE QUENTES CORES POUSOU NO MEU JOELHO BATENDO AS ASAS DE LEVE, FICOU POR UM BOM TEMPO, PENSEI QUE PODIA SER VOCÊ QUERENDO DIZER-ME ALGO. DEPOIS ELA VOOU EM DIREÇÃO AOS LIMOEIROS FLORIDOS E ALI FICOU A SUGAR O MEL, JUNTO A OUTRAS BORBOLETAS COLORIDAS.
ESTE É O AMOR QUE VEJO ATÉ ATRAVÉS DO ERRÁTICO VÔO DA BORBOLETA, NAS FLORES PERFUMADAS DOS LIMOEIROS,
NO AZUL DO CÉU QUE CONTEMPLO, NA BRISA QUE ACARICIA MEU ROSTO E ME TRAZ A MELODIA ENCANTADA DO MAR DE TAORMINA, DA TERRA DOS CICLOPES, DA SUA TERRA SICILIANA.
EU NÃO ESTOU DISTANTE DE VOCÊ MEU AMOR, SÓ FISICAMENTE.
MEUS PENSAMENTOS SÃO COMO FIOS CONDUTORES DE MENSAGENS, DE LEMBRANÇAS QUE CORREM SILENCIOSOS EM DIREÇÃO A VOCÊ.
A VERDADE DA PRESENÇA QUE SÓ PODEMOS IMAGINAR, É QUE ALIMENTA A SEDE E A FOME QUE SENTIMOS UM DO OUTRO.
VOCÊ ESTÁ NO MEU SANGUE, NO MEU CORAÇÃO.
SUA PARA SEMPRE,
CLARA
*Carta da série "Um amor siciliano", o romance vivido através de cartas por Clara, uma brasileira romântica e Enzo, um escritor siciliano. Por razões que não vem ao caso esclarecer, parei de escrever o livro. Ele está na metade.
Esta foi uma das primeiras cartas que eu publiquei aqui no Recanto. Diferentemente das outras que publiquei, esta teve poucas leituras.Penso que as pessoas não estavam imbuidas do romantismo que me tomava, quando a escrevi. Tomara que na reedição haja mais românticos de plantão.
(Hull de La Fuente)
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